quarta-feira, 22 de julho de 2009

Pondo a pressão sobre controle!

Vamos lá pessoal, ver se a saúde está em dia e não deixar o coração doente:
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Responda rápido: quais são as taxas ideais de pressão sanguínea? Se você ficou na dúvida, saiba que não é o único. Para prevenir os problemas decorrentes dessa medição, é preciso monitorar de perto os altos e baixos.

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Um levantamento da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), em parceria com o Instituto Datafolha, descobriu que apenas 6% dos paulistas sabem quais são as taxas ideais de pressão sanguínea. A pesquisa retrata uma realidade comum em estudos que medem o nível de conhecimento das pessoas em relação aos problemas de pressão. "Por ser, na maioria das vezes, assintomática, a hipertensão - considerada a alteração de pressão arterial mais significativa do ponto de vista médico - passa despercebida por metade de seus portadores. Essas pessoas simplesmente desconhecem seu problema de saúde porque não fazem os exames de rotina.
Mas, mesmo entre os que já sabem, a minoria segue o tratamento à risca, por minimizar as consequências da doença, principalmente a longo prazo", afirma o cardiologista Christiano Roberto Barros, presidente da regional Socesp de Bauru. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçam a tese do especialista: um ano depois de receber o diagnóstico de hipertensão, mais da metade dos pacientes abandona o tratamento.
Os efeitos do mal sobre a saúde, no entanto, são implacáveis. A hipertensão atinge praticamente todos os órgãos, aumenta a prevalência de acidente vascular cerebral (AVC) em 40% e de infartos do miocárdio em pelo menos 25%. Isso sem falar na insuficiência renal, cuja principal causa, em todo o mundo, é a alteração de pressão. Todas essas complicações poderiam ser evitadas com um acompanhamento regular dos níveis de pressão. "Mesmo sem apresentar nenhum tipo de sintoma, é fundamental medir a pressão pelo menos uma vez ao ano.
Nos casos em que há histórico familiar da doença, esse intervalo não deve ser maior do que seis meses", indica o nefrologista Décio Mion, chefe da Unidade de Hipertensão do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e autor do livro Abaixo a pressão (Editora Cardeal).

Mesmo quem não apresenta sintomas precisa medir a pressão pelo menos uma vez ao ano. Em casos de histórico familiar de hipertensão, o intervalo é de seis meses
MITOS...
Quem tem histórico familiar de hipertensão está fadado a sofrer com o problema na idade adulta.
"O fator genético faz com que o indivíduo tenha mais chances de desenvolver o problema. Mas o estilo de vida também influencia muito. Se a pessoa faz atividade física regular, controla o peso, segue uma dieta adequada, não fuma, não bebe, dorme bem e controla o estresse, ainda que tenha nascido numa família de hipertensos, pode não desenvolver a doença", explica o cardiologista Celso Amodeo.

Colocar sal embaixo da língua é a melhor maneira de evitar o mal-estar causado por uma queda súbita de pressão.
"O sal realmente aumenta a pressão, mas o organismo pode levar até dois dias para responder a essa ingestão. Precisará haver primeiro a retenção de líquido para que se tenha, na sequência, um aumento da pressão. Então, o efeito não é, de forma nenhuma, imediato. Melhor que isso é beber água e deitar-se no chão, mantendo as pernas levantadas acima da cabeça", diz Décio Mion.

Hipertensos não podem fazer atividade física.
"O exercício é parte importante do tratamento da pressão alta", afirma Christiano Roberto Barros. "Um hipertenso deve fazer atividades físicas. Mas precisa passar por uma avaliação médica antes. No momento do início da atividade, a pressão precisa estar controlada ", recomenda Silvio Reggi.
Entre dois opostos
PRESSÃO ALTA

SINTOMASPraticamente inexistentes. Tontura, dor de cabeça, palpitação e desmaio podem ocorrer apenas em caso de aumento súbito.
CAUSASEm 95% dos casos, o quadro está relacionado à predisposição genética aliada a maus hábitos - dieta rica em sal e em gorduras, sedentarismo e estresse crônico, entre outros. Em apenas 5% dos casos a hipertensão decorre de alterações em outros órgãos que a influenciam - como o coração e os rins -, de alterações funcionais nas artérias, nos sistemas nervoso ou endocrinológico.
TRATAMENTOSMudança de hábitos e terapia continuada com medicamentos. O mais comum é que dois ou mais remédios sejam associados, em doses mais baixas, para controlar a pressão minimizando os efeitos colaterais.
CUIDADOSPacientes com hipertensão devem seguir uma dieta pobre em sal e gorduras, além de evitar o consumo excessivo de álcool. Exercícios físicos, um bom repouso noturno e a adoção de atividades de lazer e relaxamento podem ajudar no controle da pressão.
PRESSÃO BAIXA

SINTOMASPraticamente inexistentes. A maioria das pessoas que apresenta níveis abaixo de 13 por 8 vive bem. Quando ocorrem quedas rápidas de pressão, fraqueza e tontura são os sinais mais frequentes
CAUSASQuando constante, pode ser sintoma de alterações importantes no sistema nervoso ou endocrinológico. Se episódica, pode estar relacionada ao clima - o calor provoca a dilatação dos vasos e a consequente baixa na pressão. A falta de regularidade na alimentação e descuidos com a hidratação também podem levar a quedas súbitas de pressão.
TRATAMENTOSNão requer tratamento a menos que seja sintoma de uma outra doença de base. Nesse caso, o caminho é combater o mal que a está provocando., uma alteração no sistema nervoso, por exemplo.
CUIDADOSManter-se bem hidratado, alimentar-se em intervalos regulares e evitar locais abafados. Em caso de queda abrupta, deve-se deitar e levantar as pernas acima da cabeça, facilitando o retorno venoso. Pessoas com queixas constantes de mal-estar em relação à pressão baixa talvez precisem usar meias de compressão.



ALTOS E BAIXOS
Em geral, para serem considerados ideais, os níveis de pressão máxima (sistólica) e mínima (diastólica) precisam estar abaixo de 140 e 90, respectivamente. Popularmente, reduzimos esses índices, tratando-os simplesmente como 14 por 9. "Cada vez que a pressão máxima aumenta 20 mm ou a pressão mínima se eleva em 10 mm, o risco de mortalidade por problemas decorrentes da pressão alta cresce duas vezes.
Então, se eu passar, na pressão máxima, de 120 para 140, por exemplo, meu risco de mortalidade dobra", explica Mion. Os índices abaixo de 130 e 80, ou 13 por 8, não são tão preocupantes. "Na maioria das pessoas, a pressão baixa, ou hipotensão, é chamada de constitucional, o indivíduo apresenta aqueles níveis durante toda a vida sem nenhum sintoma. Nesses casos, ela não requer nenhum tipo de tratamento", diz o cardiologista Heno Lopes, da Unidade de Hipertensão do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da FMUSP. "A pressão ideal é a mais baixa possível desde que o indivíduo consiga manter suas atividades normais. Se a pressão é de 8 por 5, por exemplo, e a pessoa não sente nenhum tipo de mal-estar, não há motivos para se preocupar", complementa Barros.
O diagnóstico de alteração na pressão, seja ele qual for, é realizado com o auxílio de um aparelho medidor que, preso ao braço, é insuflado até obstruir a passagem de sangue no vaso, fazendo o pulso desaparecer completamente. Em seguida, o equipamento é afrouxado aos poucos e o profissional faz a ausculta com um estetoscópio. "Essa medição precisa ser feita por um profissional treinado, com o aparelho bem calibrado e em condições técnicas ideais.
Qualquer descuido resultará em uma interpretação errônea", alerta Silvio Reggi, cardiologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A conduta rigorosa que a avaliação exige fez com que o serviço, antes oferecido em farmácias,ficasse sob responsabilidade apenas dos hospitais, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Para tratar a hipertensão é preciso cortar o sal da dieta, pois ele aumenta a retenção de líquidos, o que faz a pressão subir
... E VERDADES
O calor faz a pressão cair.
"A elevação na temperatura pode provocar uma vasodilatação e, com isso, a pressão cai. Em geral, no verão, a pressão é mais baixa do que no inverno", diz o nefrologista Décio Mion.
A dor de cabeça é um dos principais sintomas da pressão alta.
"Ela pode ser sintoma da pressão alta tanto quanto a pressão alta pode ser uma consequência da dor, já que qualquer desconforto provoca impacto sobre a pressão. Na maioria das vezes, no entanto, a dor de cabeça tem outras causas, que não estão diretamente relacionadas com a pressão a rterial", afirma Celso Amodeo.
Anti-hipertensivos podem prejudicar o desempenho sexual.
Os prejuízos para o desempenho sexual, assim como a tosse, o chiado no peito, a insuficiência renal, as cãibras e os inchaços nos membros inferiores podem aparecer em decorrência do uso de medicamentos para controlar a pressão. Mas os efeitos colaterais variam de um remédio para o outro, pois há vários tipos de drogas que podem ser utilizadas no tratamento. "Ainda assim, a maioria dos sintomas desagradáveis perdura só pelo tempo necessário para que o organismo se adapte ao remédio",afirma Christiano Roberto Barros.


SEM SAL
Mais do que atuar na prevenção, os exames regulares oferecem a possibilidade de um diagnóstico precoce, que permite a aplicação do tratamento antes que o problema lesione outros órgãos do corpo. A medida de pressão arterial nos possibilita conhecer a força com que o sangue - constantemente bombeado pelo coração - atinge a parede dos vasos, no processo de circulação no organismo. Se a pressão for alta, evidentemente, haverá um desgaste progressivo dos vasos. Daí a necessidade de intervir.
Para prevenir e tratar o problema, a mudança na alimentação é quase sempre o primeiro passo. A redução do sal é imprescindível. "Ele aumenta a retenção de líquidos, o que faz a pressão subir", diz Décio Mion. Em geral, o brasileiro consome o dobro da quantidade recomendada, que é de seis gramas ao dia. Livrar-se desse vilão, no entanto, é tarefa complicada. "Cortar o sal de cozinha que adicionamos aos pratos durante a preparação é o mais fácil. A questão é que 30% do sódio que consumimos estão presentes nos alimentos. Isso sem falar nos produtos industrializados que são conservados à base de sal", alerta Cynthia Carla da Silva, coordenadora do setor de Nutrição Preventiva do Hospital do Coração (HCor)
Entre a lista dos alimentos proibidos para os hipertensos estão os condimentos, aromatizantes e realçantes de sabor, como o molho inglês, o shoyu, o catchup e os caldos de carne e legumes, entre outros. Pratos prontos, embutidos (salsicha, linguiça, hambúrguer, presunto etc.), salgadinhos, envidrados ou enlatados - palmito, azeitona etc. - também devem ser evitados. "É preciso ficar atento à quantidade de sódio contida nos alimentos; as versões light normalmente restringem apenas a gordura. Trocar embutidos de carne bovina por carne de ave, por exemplo, não funciona no caso dos hipertensos. Ambos possuem grande quantidade de sal. Para os queijos, a orientação é a mesma: observar o rótulo antes de comprar. Diversos queijos brancos possuem até mais sódio que os amarelos", adverte a nutricionista.


MAIS VEGETAIS
Mas não basta apenas reduzir a quantidade de sal na alimentação. A adoção de uma dieta rica em verduras, legumes, frutas e pobre em gorduras, com carnes, leite e derivados magros, também ajuda a combater a pressão alta. "Esse padrão alimentar conhecido como DASH - no original, em inglês, Dietary Approaches to Stop Hypertension - foi divulgado em 1995 e até hoje se mostra uma medida eficaz.
Várias pesquisas vêm demonstrando que, mesmo numa dieta com quantidades diárias de ingestão de até 7,5 gramas de sal, e uma readequação nesses moldes, os resultados para a pressão foram tão bons quanto os dos regimes que simplesmente reduziram drasticamente o sódio", garante Cynthia. A especialista também chama a atenção para a necessidade de restringir calorias. "Reduzir peso e circunferência abdominal, quando o paciente apresenta sobrepeso ou obesidade, é condição primeira para o tratamento da hipertensão.
Sabemos que a pressão sobe à medida que ganhamos peso. A relação é direta", afirma. Para o cardiologista Heno Lopes, a importância dos ácidos graxos, como o ômega 3, não deve ser desprezada. "Temos estudos muito bem feitos que comprovam que o consumo regular de salmão e sardinha ajudam a reduzir a pressão arterial", garante. O consumo de álcool, por outro lado, precisa ser controlado. "Em excesso, ele aumenta a pressão arterial.
Por isso, o limite diário é de duas taças de vinho ou duas latas de cerveja para os homens. Para as mulheres, a metade", adverte o cardiologista e nefrologista Celso Amodeo, chefe da área de Hipertensão do HCor.
CUIDAR E TRATAR
Adotar uma rotina regular de exercícios físicos, dormir bem e evitar o estresse são medidas eficientes para controlar a pressão alta. No caso da pressão baixa, o principal cuidado é manter a hidratação constante, fracionar a alimentação, além de evitar locais abafados e com grande circulação de pessoas. Já o tratamento da hipertensão, além das mudanças na rotina, prevê a adoção de medicamentos.
Em vez de usar uma única droga, a tendência atual é valer-se de dois ou mais remédios associados, em doses baixas, para minimizar os efeitos colaterais. "Existem diversas classes de medicamentos, que vão desde diuréticos a drogas que atuam sobre o sistema nervoso. O importante é diagnosticar no paciente quais são os mecanismos envolvidos na alteração da pressão para, então, prescrever o tratamento ideal"


Fonte:http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/75/pressao-sob-controle-responda-rapido-quais-sao-as-taxas-ideais-142159-1.asp
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