segunda-feira, 13 de julho de 2009

Adolescentes compram aranhas de estimação pela internet

O menino pega e diz: 
-Pai quero um animal de estimação.
E o pai responde:
- Tá certo filho amanhã a gente compra um cachorrinho
E o filho retruca:
- Um cão não pai:
-Um gatinho ou um peixinho? rebate o pai
E o filho diz:
-Eu quero uma aranha pai!

Oito patas peludas e dois ferrões afiados na boca. Essa descrição sozinha já pode ser o suficiente para, no mínimo, arrepiar.


Mas há jovens que, em vez de entrarem em pânico diante de uma aranha caranguejeira, têm tanto interesse por esse animal que chegam a criá-lo em casa como bichinho de estimação.
As caranguejeiras costumam ser as preferidas dos criadores porque são maiores, mais longevas e não letais.


O problema é que criar aranhas sem fins científicos é um crime ambiental, assim como manter em casa qualquer outro animal silvestre cuja criação não esteja regulamentada. A lei estipula, inclusive, multa de R$ 500 por animal apreendido.
Longe de desconhecerem a ilegalidade de seu hobby, esses jovens encontram na internet uma maneira de exercê-lo sem grandes complicações.


Em comunidades do Orkut, como "Criadores de Aranhas" (2.615 usuários) e "Amantes das Aranhas" (3.436), eles trocam dicas de como criar os aracnídeos e comercializam animais. Vendedores, escondidos sob perfis falsos no site, anunciam a torto e a direito espécie, idade, tamanho e preço para quem estiver interessado.
Foi o caso de Ben, 16, que comprou uma Brachypelma albopilosum (espécie nativa da América Central) e duas Ephebopus murinus (típica do Norte do Brasil). Pagou cerca de R$ 60 por cada uma e as recebeu em menos de dois dias em uma caixinha, por Sedex. "Elas estavam muito sadias", conta.

Ilegalidade
Divulgação
Espécie _Avicularia versicolor_, encontrada no Caribe, pode ter várias colorações, entre elas azul, verde e vermelho
Espécie Avicularia versicolor, encontrada no Caribe, pode ter várias colorações, entre elas azul, verde e vermelho
Procurados pelo Folhateen, muitos jovens se disseram revoltados com a criminalização de seu hobby. Mas não estão preocupados com os possíveis desdobramentos da infração.
"É extremamente ofensivo pensar que podemos ser taxados de bandidos por criar animais que a maioria das pessoas mata", revolta-se Peter*, 18, que tem em casa uma Avicularia versicolor -espécie azul por que pagou cerca de R$ 300.
A razão para a pouca cautela com a lei é que esses adolescentes sabem que é pouco provável que venham a ser punidos.
Álvaro Palharini, chefe da Divisão de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente da Polícia Federal, não faz pouco caso da infração, mas pondera: "Não há sentido em movimentar recursos para investigar os criadores, nossa preocupação é com a captura e a venda".
Essa é também a posição do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), segundo Antonio Ganme, chefe da fiscalização do órgão em São Paulo.
"Queremos pegar os "peixes grandes'", explica, referindo-se a quem tenta revender os animais para o exterior.
Uma aranha que, no momento de sua captura, rende cerca de R$ 1, pode ser vendida para fora do país por mais de R$ 500, estima Ganme.
 
Beleza única
Entre os motivos apontados pelos entrevistados para essa escolha inusitada de animal de estimação estão a estética das aranhas e o fato de serem exóticas. "Eles querem ser descolados, e é uma maneira de obter status", diz Paulo Goldoni, biólogo do Instituto Butantan.
No caso de Mary Jane, 16, ser alérgica a outros animais e morar em um apartamento ajudaram a incentivá-la a criar uma aranha. "Depois vi que são animais fantásticos, com uma beleza única", aponta.
A criação de um bicho desses é simples. As caranguejeiras vivem em aquários com terra no fundo e se alimentam uma vez por mês de alimentos vivos, como grilos e baratas. Um pote com água resolve a sede.
Apesar de ser desaconselhado nas comunidades on-line, pegar os bichinhos nas mãos é mania entre criadores. "No começo é apavorante, mas depois vira uma sensação ótima", conta Norman, 18. "Os pelos fazem cócegas!", completa.
Em uma dessas ocasiões, o garoto foi picado pelo animal. Diferentemente do que aconteceu com o Homem-Aranha, porém, ele não ganhou poderes aracnídeos. Foi ao médico, tratou da ferida, e logo os dois furos na pele desapareceram.
Todos os nomes foram trocados por personagens dos gibis do Homem-Aranha 
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u591122.shtml
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1 comentários:

Roberto Dalmo disse...

Ja está adicionado o seu site no blog educaçao quimica!
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abraços!

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