sábado, 17 de outubro de 2009

Linha do tempo do DNA

Olá pessoal estava eu passando pelo site da folha de São Paulo e achei interessante essa pequena linhado tempo do DNA, confiram e comentem, ah ela vai até 2000 completem nos comentários!!.

.1865
O abade Gregor Mendel (1822-1884), de Brünn (Brno, na República Tcheca), publica trabalho sobre experimentos com ervilhas em que propõe as leis da hereditariedade ("leis de Mendel") e supõe que as características hereditárias são transmitidas em unidades. O trabalho permanece quase ignorado até 1900

1869
O suíço Friedrich Miescher (1844-1895) isola, a partir do pus humano e do esperma do salmão, uma substância com alto teor de fósforo que chama de "nucleína", posteriormente denominada "ácido desoxirribonucléico" (DNA)

1882
O alemão Walter Flemming (1843-1905) descobre corpos com formato de bastão dentro do núcleo das células, que denomina "cromossomos"

1900
O holandês Hugo de Vries (1848-1935), o alemão Carl Correns (1864-1933) e o austríaco Erich Tschermak von Seysenegg (1871-1962) chegam de forma independente aos resultados de Mendel sobre as leis da hereditariedade

1902
O norte-americano Walter Sutton (1877-1906) e o alemão Theodor Boveri (1862-1915) dão início à teoria cromossômica da hereditariedade (as "partículas" da hereditariedade estariam localizadas nos cromossomos)

1909
O dinamarquês Wilhelm Johannsen (1857-1927) introduz o termo "gene" para descrever a unidade mendeliana da hereditariedade. Ele também usa os termos "genótipo" e "fenótipo" para diferenciar as características genéticas de um indivíduo de sua aparência externa

1912
Os alemães Walter Friedrich (1883-1968) e Paul Knipping (1883-1935), seguindo uma idéia de seu compatriota Max von Laue (1879-1960), estudam a estrutura de cristais por meio dos raios X, que são espalhados pelos átomos conforme seu arranjo espacial (difração)

William Lawrence Bragg (1890-1971), nascido na Austrália, chega à lei que descreve esse processo. Seu pai, o britânico William Henry Bragg (1862-1942), analisa matematicamente como se podem determinar as estruturas moleculares a partir das figuras de difração

1915
O norte-americano Thomas Hunt Morgan (1866-1945) e seus alunos Alfred Sturtevant (1891-1970), Hermann Joseph Muller (1890-1967) e Calvin Bridges (1889-1938) publicam o livro "O Mecanismo da Hereditariedade Mendeliana", no qual relatam experimentos com drosófilas, as moscas-das-frutas, e mostram que os genes estão linearmente dispostos nos cromossomos

1927
Hermann Joseph Muller mostra que a incidência de raios X sobre os cromossomos pode induzir mutações genéticas

1928
O inglês Frederick Griffith (1877-1941) publica os resultados de experimentos que mostram que bactérias não-virulentas neumococos tipo RI) podem matar camundongos se forem injetadas com bactérias virulentas mortas (tipo SII). Isso mostrou que poderia haver transformações genéticas entre tipos de bactéria

1931
O russo Phoebus Aaron Levene (1869-1940), trabalhando nos EUA, estuda a estrutura química dos ácidos nucléicos e identifica seus componentes básicos. Os termos "ácido desoxirribonucléico" e "ácido ribonucléico" (RNA) se tornam de uso comum

1938
O britânico William Astbury (1898-1961) obtém a primeira figura de difração do DNA com o uso de raios X e sugere que ele tem uma estrutura periódica regular. Nessa época, predomina a idéia de que a informação genética está contida nas proteínas, porque o DNA teria uma estrutura muito simples para isso

O alemão Max Delbrück (1906-1981) cria nos EUA, com o italiano Salvador Luria (1912-1991) e outros, o Grupo Fago ("Phage Group") para estudar vírus que infectam bactérias (bacteriófagos). A estratégia é investigar os genes combinando física e genética

1944
Publicação de "What is Life?" (O que É Vida?), em que o austríaco Erwin Schrödinger (1887-1961) sugere que as informações genéticas estão armazenadas numa estrutura molecular estável (um "cristal aperiódico"). O livro exerceu grande influência, na época, estimulando a busca pelo "código da vida"

A norte-americana Barbara McClintock (1902-1992), usando o milho como organismo-modelo, descobre os transposons. Eles são sequências de DNA que são capazes de se mover de um lugar para outro no genoma, mostrando que ele é mais dinâmico do que se pensava

Os canadenses Oswald Avery (1877-1955), Colin MacLeod (1909-1972) e Maclyn McCarty (1911-), do Instituto Rockefeller (EUA), mostram que o DNA (e não proteínas) é capaz de transformar bactérias não-patogênicas em patogênicas. Isso sugere que é o DNA que armazena a informação genética

1949
O austríaco Erwin Chargaff (1905-1992) descobre, nos EUA, uma relação quantitativa entre as bases do DNA: a proporção (razão molar) entre adenina e timina é sempre igual, e o mesmo ocorre entre guanina e citosina

1950
Os norte-americanos Linus Pauling (1901-1994) e Robert Corey (1897-1971) identificam a estrutura molecular básica de proteínas (o modelo da alfa-hélice). Dois anos depois, eles propõem uma estrutura para o DNA que se mostraria equivocada, com três cadeias helicoidais entrelaçadas (o modelo da tripla hélice)

1952
Os norte-americanos Alfred Hershey (1908-1997) e Martha Chase (1930- ), usando marcadores radioativos, mostram que é o DNA de um vírus, e não a proteína, que programa as células para fazer cópias do vírus. O experimento reforça a idéia de que os genes estão contidos no DNA

A britânica Rosalind Franklin (1920-1958) obtém imagens de DNA de excelente qualidade, por difração de raios X

1953
O norte-americano James Watson (1928- ) e o britânico Francis Crick (1916-) decifram, em 7 de março, a estrutura de dupla hélice para o DNA e a publicam na revista "Nature" de 25 de abril, na qual saem também outros dois artigos sobre o DNA, um de Maurice Eilkins (1916- ), Alexandre Stokes (1919-2003) e Herbert Wilson (1929- ), e outro de Rosalind Franklin e Raymond Gosling, ambos descrevendo resultados experimentais de difração do DNA com raios X que eram compatíveis com a estrutura proposta por Watson e Crick

Em 30 de maio, também na "Nature", Watson e Crick analisam as implicações genéticas de seu modelo e sugerem um mecanismo para a replicação do DNA

1957
Francis Crick afirma que a especificidade de um fragmento de ácido nucléico depende apenas da sequência de suas bases e que essa sequência é a chave para a disposição dos aminoácidos em uma proteína particular. Propõe que o fluxo de informação vai do DNA para a proteína e que não pode retornar (suposição que ficou conhecida como o "Dogma Central")

1958
Os norte-americanos Matthew Meselson (1930- ) e Franklin Stahl (1929- ) confirmam a hipótese feita por Watson e Crick de que o DNA se replica de maneira semiconservativa: os dois filamentos da molécula de origem se separam e cada um deles passa a se emparelhar com um filamento novo

1960
O norte-americano Arthur Kornberg (1918- ) identifica a polimerase, enzima que catalisa a síntese de DNA e que posteriormente se mostrou uma ferramenta importante na engenharia genética

1961
O sul-africano Sydney Brenner (1927- ), o francês François Jacob (1920-) e Matthew Meselson descobrem que um tipo de RNA (o RNA mensageiro, ou mRNA) leva a informação genética "inscrita" na dupla hélice para a maquinaria celular que produz proteínas. Francis Crick e Jacques Monod tiveram também participação nessa descoberta

O norte-americano Marshall Nirenberg (1927- ) anuncia a comprovação experimental de que uma sequência de bases especifica uma sequência de aminoácidos e revela o conteúdo da primeira "palavra" do chamado código genético (três bases uracila correspondem ao aminoácido fenilalanina)

1966
Grupos de pesquisa liderados por Marshall Nirenberg e pelo indiano Har Gobind Khorana (1922- ) decifram, com outros pesquisadores dos EUA, da Inglaterra e da França, a série completa de "palavras" do código genético

1968
Daniel Nathans (1928-1999) e Hamilton Smith (1931- ), dos EUA, e Werner Arber (1929- ), da Suíça, descrevem as nucleases de restrição, enzimas que reconhecem e cortam sequências curtas específicas de DNA em pontos determinados

1972
O norte-americano Paul Berg (1926- ) obtém as primeiras moléculas de DNA recombinante, unindo DNA de diferentes espécies e inserindo esse DNA híbrido em uma célula hospedeira

1975
Dois grupos de pesquisa desenvolvem métodos de sequenciamento de DNA. O primeiro deles, criado pelos norte-americanos Walter Gilbert (1932- ) e Allan Maxam, é complexo; o mais usado atualmente foi desenvolvido pela equipe do britânico Frederick Sanger  (1918- )

Em encontro internacional em Asilomar (EUA), um grupo de cientistas alerta para a necessidade de estabelecer regras gerais e de segurança para experimentos com DNA recombinante

1976
Criada a primeira companhia de engenharia genética, a Genentech. Produz a primeira proteína humana em uma bactéria geneticamente modificada e, em 1982, comercializa a primeira droga recombinante, insulina humana

1977
O britânico Richard Roberts (1943- ) e o norte-americano Phil Sharp (1944-) descobrem, independentemente, que genes de organismos superiores são interrompidos por regiões chamadas íntrons, que não especificam aminoácidos para a formação de proteínas

1980
David Botstein Ronald Davis, Mark Skolnick e Ray White, dos EUA, desenvolvem técnica baseada no uso de enzimas de restrição para fragmentar o DNA. A técnica foi importante para o Projeto Genoma Humano

A Suprema Corte dos EUA decide que formas de vida alteradas podem ser patenteadas

1982
O primeiro animal (camundongo) transgênico é obtido nos EUA pela equipe de Richard Palmiter e Ralph Brinster

1983
Companhias nos EUA conseguem obter patentes para plantas geneticamente modificadas

Sequenciador de DNA automatizado é desenvolvido nos EUA por Marvin Carruthers e Leroy Hood

É mapeado nos EUA o primeiro gene relacionado a uma doença, um marcador da doença de Huntington encontrado no cromossomo 4. O estudo de James Gusella permitiu o desenvolvimento de um teste diagnóstico

1985
O britânico Alec Jeffreys (1950- ) publica artigo em que descreve técnica de identificação que ficou conhecida como "impressão digital" por DNA ("DNA fingerprint"), que permitiu a elucidação mais precisa de vários crimes

Publicado artigo do norte-americano Kary Mullis (1944- ) que descreve o método PCR (reação em cadeia de polimerase, em inglês), que possibilita a obtenção rápida de bilhões de cópias de um segmento específico de DNA

Os NIH dos EUA aprovam diretrizes gerais para a realização de experimentos com terapia genética em seres humanos

1986
Plantas de tabaco geneticamente modificadas para se tornarem resistentes a herbicida são testadas em campo pela primeira vez, nos EUA e na França

EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) autoriza plantações comerciais desse tipo

1988
Nos EUA, Philip Leder e Timothy Stewart obtêm primeira patente para um animal geneticamente modificado, um camundongo altamente suscetível a câncer de mama

1989
Criação nos EUA do Instituto Nacional para Pesquisa do Genoma Humano (NHGRI), chefiado por James Watson, para determinar toda a sequência do DNA que compõe os cromossomos humanos

1990
A terapia genética é utilizada pela primeira vez, com sucesso, em uma menina de quatro anos com um tipo de deficiência no sistema imunológico chamado ADA

1994
Liberação do tomate Flavr Savr, primeiro alimento geneticamente modificado cuja venda é aprovada pela FDA (agência de fármacos e alimentos dos EUA)

1995
É obtida a primeira sequência completa de DNA de um organismo de vida livre, a bactéria Hemophilus influenzae

1996
Nascimento da ovelha Dolly, primeiro mamífero clonado a partir de uma célula de um animal adulto pelo Instituto Roslin (Escócia) e pela empresa PPL Therapeutics. Só em fevereiro do ano seguinte o feito foi divulgado. Dolly morreria de envelhecimento precoce em fevereiro de 2003

Mapa genético completo do camundongo

1998
O britânico John Sulston (1942- ) e o norte-americano Robert Waterstone sequenciam o genoma do verme C. elegans, primeiro organismo multicelular a ter o seu DNA transcrito

2000
Pesquisadores do consórcio público Projeto Genoma Humano e da empresa privada norte-americana Celera anunciam o rascunho do genoma humano, que seria publicado em fevereiro de 2001

No Brasil, pesquisadores paulistas anunciam o sequenciamento do genoma da bactéria Xylella fastidiosa, a causadora da doença do amarelinho em cítricos. O artigo foi destacado na capa da revista "Nature.

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